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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Formas de colonização européia na América

    
        Portugal, foi o país pioneiro ao iniciar as chamadas "grandes navegações", por diversos motivos dentre eles o fato de ser uma monarquia (governo de reis e rainhas) unificada, assim, havia uma centralização política, os portugueses também dominavam técnicas de navegação aprendida na Escola de Sagres e também tinha uma posição geográfica favorável.
      Após a chegada da esquadra de Cabral ao Brasil em 1500, o interesse dos portugueses eram pelas famosas especiarias encontradas nas Índias, estas utilizadas como remédios mas seu uso mais costumeiro era para disfarçar o gosto ruim dos alimentos que estragavam, como sabemos naquela época não existia geladeira e os alimentos estragavam muito rápido.
       Não encontrando aqui especiarias a opção foi pela busca de metais e pedras preciosas, novamente a frustração foi grande pois não encontraram nada, encontram na região litorânea uma grande quantidade de árvores, cuja madeira era extraída uma substância utilizada para tingir tecidos e que era muito valorizada na Europa, assim, como diz o ditado "não tem tu vai tu mesmo", na falta de especiarias, de ouro e pedras preciosas, acabaram por explorar o pau-brasil mesmo, vale ressaltar que a partir desse momento passaram a utilizar da mão de obra dos nativos (indígenas), em troca que bugigangas (produtos sem valor para os europeus) os indígenas, localizavam, cortavam, limpavam os galhos fazendo as toras e transportavam a madeira até os navios.
         Portugal decidiu então abandonar a exploração de pau-brasil e dedicar-se às especiarias que davam mais lucro, abandonando, assim, também o Brasil. Por consequência disso mandavam para cá todas as pessoas que eram indesejáveis em Portugal (ladrões e traidores).
        Somente em 1530, quando franceses estavam invadindo os territórios brasileiros para contrabandear pau-brasil, foi que Portugal se viu obrigado a colonizar o Brasil às pressas. Foi criado o sistema de Capitanias Hereditárias, o território do Brasil foi dividido em 15 lotes e entregues aos chamados capitães donatários, que era autoridade no território mais não proprietário da terra.
        Ao capitão donatário era conferida uma Carta de Doação: onde era conferida a posse da terra; e também a Carta Floral, onde eram expressos os direitos e deveres do capitão donatário. Dentre estes estavam: - Criar vilas e distribuir terras a quem desejassem cultivá-las;
              - Exercer autoridade, podendo até aplicar pena de morte;
              - Escravizar índios, podendo até enviar índios à Portugal, com o limite de 30 por ano;
              - Receber a vigésima parte dos lucros com o pau-brasil;
              - Deveria assegurar ao rei: 10% dos lucros sobre todos os produtos da terra, 1/5 dos lucros sobre os metais e pedras preciosas e também o monopólio da exploração do pau-brasil.
         Somente duas capitanias deram certo: Pernambuco e São Vicente. 
        Outro país a se aventurar pelas Américas foi a Espanha, que colonizou a maior parte do território americano, e desenvolveu uma forma particular de administração e sociedade. A sociedade era divididas de acordo com o nascimento e a partir do nascimento eram desenvolvidas as funções de cada um na sociedade.
       Os chapetones: eram os homens brancos, nascidos na Espanha e que vivendo na colônia eram representantes da metrópole, ocupando altos cargos administrativos, judiciais, militares e no comércio exterior.
       Os criollos:  era a elite colonial, descendente dos espanhóis, mas nascidos na América, grandes proprietários de terras e arrendatários de minas, podiam ocupar cargos administrativos ou militares mais inferiores.
       Mestiços:  filhos de brancos com índios, eram homens livres, trabalhadores braçais desqualificados e superexplorados na cidade (oficinas) e no campo (capatazes).
     Indígenas: grande maioria da população, sofriam trabalho forçado através da mita e da encomienda, formas diferenciadas de escravidão.
     Escravos: nas Antilhas eram a maioria da sociedade e trabalhavam na agricultura.
    MITA: exploração de indígenas nas minas, especialmente no Peru, os índios ficavam de 4 a 6 meses trabalhando nas minas sem poder sair sujeito a respirar ar poluído e úmido, sem ver a família, as vezes ne sobreviviam.
    ENCOMIENDA: trabalho forçado indígena na zona rural em troca de catequese, na época era proibida a escravização de índios, a excessão era somente aos que se comprometessem a ensinar a catequese aos índios escravizados.

domingo, 8 de maio de 2011

A Crise Econômica de 1929

     
        1929 foi um ano de crise mundial. O Brasil sofreu muito as consequências dessa crise. Os Estados Unidos eram os maiores produtores de artigos industrializados do mundo, assim como os maiores compradores de café do Brasil.
      No fim dos anos 20, a indústria norte-americana cresceu demais, produzindo muito mais do que os lucros, gerando a falência da maioria das fábricas e o desemprego, havendo inclusive a famosa "quebra da Bolsa de Valores de Nova York". Se não vendiam, os norte-americanos não tinham lucro, logo, não podiam comprar. Com isso, deixaram de comprar o café brasileiro. Se a situação para os cafeicultores já estava tiveram muito prejuízo. O governo federal não tinha mais recursos para comprar o café excedente dos cafeicultores (de acordo com o convênio de Taubaté), nem onde estocar tanto café. Milhares de sacas de café eram queimadas pelo governo, enquanto os cafeicultores sofriam com a crise econômica.